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Sua empresa está preparada para a Geração Alpha?

Sua empresa está preparada para a Geração Alpha?

Todos os negócios precisam estar prontos para a Geração Alpha, a primeira verdadeiramente digital. Com eles, vem novas necessidades e comportamentos que precisam ser considerados pelas empresas para aumentar as chances de sucesso. Conheça o que está por vir e prepare-se!

Os membros mais antigos da Geração Alpha têm por volta de 13 anos de idade em 2023. E, muito provavelmente, eles podem te vencer em qualquer partida de videogame, em qualquer dispositivo, e conseguem encontrar informações online muito mais rápido do que você – e vão confiar mais no que é dito na internet do que no que você diz.

Considerando que eles são a primeira geração completamente digital, isso já era até esperado. Afinal, o YouTube foi lançado em 2005, o iPad em 2010 e a própria Alexa é quase contemporânea deles, com seu primeiro modelo chegando às lojas em 2014. Ou seja, muitas das tecnologias que moldam a forma como nos comunicamos e interagimos hoje em dia já existiam quando essa geração nasceu. E eles nunca vão conhecer um mundo sem elas.

Da mesma forma como desenvolvemos relacionamentos com nossa família e amigos diariamente, esse grupo cresceu acostumado a interagir com tecnologia em todas as esferas de suas vidas e desde uma idade muito pequena.

Por isso, é fundamental entender quem são eles e quais são seus comportamentos, preferências e necessidades. Afinal, é dessa forma que você conseguirá melhorar a experiência desse cliente quando o momento chegar

Qual é a Geração Alpha?

Geração Alpha é o termo utilizado para pessoas nascidas a partir de 2010, com o limite até 2025. Esse termo foi cunhado pelo pesquisador social australiano Mark McCrindle.

Ela sucede a geração Z, que abrange quem nasceu entre 1997 e 2009 – que muitas vezes é conhecida como a primeira geração digital. Mas  o que realmente separa a Gen A das anteriores e também fortemente digitais (como os Millennials e a Geração Z) é que esse é o primeiro grupo realmente imersivo digital. Isso porque nasceram em um ambiente já dominado por smartphones, tablets e outros aparelhos digitais.

Uma pesquisa realizada pela Infobip mostrou que a Geração Alpha começou a falar com seus smart devices aos 6 anos de idade, e que eles conseguiam usar um tablet quando tinham apenas 4 anos. Inclusive, 61% deles já possuem seus próprios tablets e 49% um smartphone.]

Pense dessa forma: se você quer corrigir qualquer comportamento de um Alpha, você terá mais sucesso ao tirar os dispositivos dele por algum tempo do que o tradicional castigo de “ficar no quarto”. Na verdade, muitos provavelmente preferem ficar em seus quartos porque isso envolve estar conectado a seus dispositivos e aos seus pares com privacidade.

De acordo com a nossa pesquisa, 46% das crianças entre 6 e 11 anos têm uma conta ativa em uma rede social, apesar de a maioria delas ter uma restrição de idade para criação de conta. Além disso, 32% curtem posts em redes sociais, rolam o feed e mandam mensagens diariamente em seus smartphones.

Em relação aos meios mais populares para se manter em contato com amigos e família, mais de um terço das crianças entre 6 e 11 anos pesquisadas estão no WhatsApp – com impressionantes 73% das crianças de 11 anos já tendo bastante familiaridade com o canal. O SMS, por incrível que pareça, não está muito atrás, com quase um terço da Geração Alpha (29%) ainda usando esse tradicional canal de mensagens e o outro terço preferindo o FaceTime.

O que marcou a Geração Alpha?

O que marca a Geração Alfa é a tecnologia e a conectividade. Como essas crianças já nasceram em meio a celulares e outros dispositivos eletrônicos desde o primeiro momento, eles estão sob esse estímulo constante há anos. Isso molda as suas necessidades e preferências.

Segundo McCrindle, essa geração é a dos screenagers, termo que se refere a pessoas que só ficam em frente às telas. Além disso, são mais acostumados com streamings do que TVs a cabo e também à criação de conteúdo — sendo que alguns já atuam como micro e nanoblogueiros.

Tudo isso levará a uma disrupção importante. Na educação, por exemplo, a tendência é que busquem menos diplomas e formações. O foco tende a ser as habilidades necessárias para o futuro, não necessariamente uma educação formal.

Essas crianças também tendem a ter mais cultura midiática, fazendo uma boa distinção entre o que é ficção e realidade, e o que é fake. Por mais que isso pareça não interferir na sua marca, é preciso criar uma estratégia de comunicação e marketing diferenciada, que atenda a esses detalhes.

Além disso, uma das maiores necessidades dessa nova geração é a omnicanalidade – ou seja, a capacidade de mudar de dispositivo ou canal e continuar recebendo a mesma experiência de forma personalizada e contínua. Essa estratégia será fundamental para manter o engajamento de uma geração que está sempre com um dispositivo próximo a si. 

Qual é a diferença entre a Geração Z e Alpha?

A principal diferença entre a Geração Z e Alpha é a época de nascimento. Os primeiros chegaram ao mundo entre 1997 e 2010, sendo seguidos pela Gen A, que nasceram a partir de 2010. Isso também interfere no comportamento, já que os últimos estão completamente imersos no ambiente digital.

No entanto, a Geração Z também é nativa digital. Isso porque convive com as mídias sociais, a internet e outros recursos tecnológicos desde muito pequenos. Também aprendem de várias maneiras, acompanham os acontecimentos em tempo real e são engajados em causas ambientais, identitárias e sociais. Com isso, também exigem que as marcas tenham esse posicionamento. Caso contrário, a tendência é que deixem de comprar produtos ou serviços e migrem para a concorrência.

Já a Geração Alpha tem alta exposição às telas e exige uma educação mais personalizada, ativa e multiplataforma. São mais flexíveis e autônomos, apresentam alto potencial para inovar e aprendem com situações concretas. Com essas características, são acostumados com os meios de pagamento digitais e com as redes sociais. 

Isso irá gerar diferenças significativas de comportamento e relacionamento dos clientes com as marcas.

O que tudo isso significa?

A Geração Alpha opera em múltiplos canais e dispositivos simultaneamente. Eles são a primeira geração realmente omnichannel e conectada.

Segundo a professora da Escola de Psicologia Cognitiva da Universidade de Lausanne, Catherine Thevenot, independentemente de onde moram, essas crianças dependem das ferramentas digitais para aprender e brincar, o que influencia a maneira como elas se desenvolvem e veem o mundo ao redor delas. Ela afirma que, a partir dos 18 meses, as crianças já conseguem diferenciar um robô de um humano.

Enquanto a intenção dos adultos é guiar as crianças para que eles usem as ferramentas digitais de forma mais positiva e segura possível – tanto em casa quanto nas salas de aula – marcas e influenciadores devem levar em consideração como eles podem fazer uma curadoria de experiências digitais que irá agregar para essa geração no futuro, como funcionários e cidadãos. É uma questão de encontrar o equilíbrio ideal entre as atividades virtuais e a vida real.”

Catherine Thevenot, Professora na Escola de Psicologia Cognitiva da Universidade de Lausanne

Diferentemente de outras gerações, os Alpha nasceram em um mundo digital – e isso terá um impacto sem precedentes em seu desenvolvimento, comportamento e na maneira como eles veem e entendem o mundo. Além disso, a pandemia da Covid-19 apenas reforça e aumenta a dependência dessa geração dos equipamentos e comunicações digitais.

Apenas o tempo pode dizer o que isso significa em termos da participação e comportamento da Geração Alpha na sociedade. Mas uma coisa já é clara: essa geração é fortemente baseada nas experiências e terá expectativas mais altas em como a tecnologia pode ser útil para ela.

E se os negócios não estiverem preparados (com tecnologias em nuvem, omnicanais e foco na criação de experiências interativas e imersivas), não vão apenas perder clientes. Eles vão deixar uma geração inteira passar despercebida.

Preparando-se para os consumidores de 2030

Quando se pensa na captura da atenção da Geração Alpha, você não deveria pensar apenas nos seus gostos e preferências. Engajar Alphas é mais um desafio tecnológico do que um geracional.

A relação da Geração Alpha com a tecnologia é totalmente interligada. E essa característica impacta as relações de consumo. Afinal, são omniconsumidores que nunca vivenciaram outra realidade. 

Mas garantir essa integração total de todos os canais traz alguns desafios. Especialmente porque as empresas são lideradas por pessoas de outras gerações que podem nem dar tanta atenção para este tópico. Portanto, é fundamental entender e ouvir esse novo consumidor para se preparar e entender suas necessidades e preferências.

Nesse cenário, é preciso compreender a relevância das plataformas digitais e dos canais online – mas sem esquecer de integrá-lo também com as experiências em lojas físicas Isso passa por fortalecer a experiência do seu cliente, em vez de focar em produtos e serviços.

Além disso, a gestão do negócio deve ter informações centralizadas para permitir uma tomada de decisão mais data driven e imediata. Se seus clientes estão acostumados a não esperarem por nada, demorar para fazer correções de rota pode ser o verdadeiro fim da sua empresa. 

Como se comunicar e engajar a Geração Alpha

Para se comunicar e engajar a Geração Alpha, é preciso:

  • Agilidade: especialmente em se tratando de atendimento. Quanto mais rápido for o primeiro atendimento, melhor. Pensar em opções de autoatendimento e automações é uma excelente forma de fazer isso. 
  • Precisão: com mais dados e informações à disposição (é só pensar no ChatGPT), é fundamental que as respostas dadas pela sua empresa sejam o mais precisas e completas possíveis. Só assim ela conseguirá furar o barulho da internet e se tornar verdadeiramente relevante. 
  • Personalização: desde que nasceram, os membros da Geração Alpha têm seus próprios perfis em canais digitais, fazendo com que a personalização de suas experiências seja um padrão para eles. Por isso, personalizar tom, mensagem, canal e timing de cada comunicação será essencial para engajá-los. 
  • Foco na conexão: a Geração Z já apresenta uma forte conexão com causas sociais e ambientais e exige que as marcas das quais consome também se posicionem sobre estes e outros temas relevantes. Essa conexão com as crenças e atitudes de uma empresa é visto como um diferencial importantíssimo para as gerações mais novas. E a tendência é que a Geração Alpha siga o mesmo caminho quando for mais velha.
  • Omnichannel: comunicar-se de forma integrada em todos os seus canais de comunicação será uma obrigação para todas as empresas. Ter quebras nessa experiência não será aceito pelos Gen A, que estão acostumados a esses pulos de canais desde o berço. 

Além disso, o conhecimento do mundo digital é essencial, porque grande parte das interações acontecerá por este meio ou com o suporte dele.

E para garantir esses pilares você deve contar com a ajuda de dados. Ferramentas de data science e analytics são cruciais para fazer previsões, obter insights e aplicar modelos preditivos que garantirão uma comunicação personalizada e efetiva. 

Dicas para atender e vender para a Geração Alpha

  • Adote a personalização das estratégias de marketing, criando ofertas baseadas nos interesses, no histórico de compras e em outros dados;
  • Crie conteúdos para engajamento, como podcast, conteúdo em vídeo e gamificação. O comportamento da Geração Alpha é totalmente voltado para a tecnologia;
  • Tenha uma interface simples e que seja dinamizada com o uso de personagens. Inclusive, essa é uma forma de fortalecer a educação;
  • Procure blogueiros infantis, porque essa geração se inspira neles. Assim, é possível fazer uma parceria para atrair o público para sua marca;
  • Esteja sempre presente. Sua marca deve fazer parte da vida dessas crianças com itens, objetos e games voltados para a tecnologia;
  • Opte por conteúdo audiovisual. Eles têm mais apelação do que os textos longos.

Com todas essas dicas e entendendo o comportamento da Geração Alpha, você já pode começar a preparar o seu negócio. Várias iniciativas podem ser realizadas, desde que você identifique aquelas que fazem mais sentido para a sua empresa e público-alvo. 

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